GUERRA EM IPEROIG
Em 1500, os portugueses chegaram no Brasil. Em 1534, o Rei de Portugal autorizou, aos donatários das capitanias hereditárias, a escravização indiscriminada dos Ãndios brasileiros. Em 1554, cinco chefes tupinambás se reuniram e fundaram a Confederação dos Tamoios, com o objetivo de enfrentar os portugueses e resgatar Ãndios escravizados. Em 1563, percebendo que a Confederação dos Tamoios venceria essa guerra, Portugal enviou os padres Nóbrega e Anchieta para firmar a “Paz de Iperoigâ€, no local onde é hoje a cidade de Ubatuba, em São Paulo. Em 1567, os portugueses travam a “guerra justa†contra o povo de Cunhambebe, Aimberê, Pindobuçu, Araraà e Coaquira.
A traição dos portugueses, no episódio da “Paz de Iperoigâ€, que levou à quase total dizimação dos Tupinambá, foi a primeira de uma série ininterrupta de traições aos brasileiros do litoral e ao litoral brasileiro em si.
A peça faz esta trajetória entre os Tupinambás e os colonizadores, do mito ao Anchieta – o grande diplomata que intermediou a relação entre eles –, passando pela guerra travada posteriormente após terem se aliado para expulsar os franceses do litoral do Rio de Janeiro. A leitura da Mundana Companhia é a história das guerras de colonização, da guerra entre os naturais da terra de todas as Américas e os povos colonizadores, que passa pelo apagamento e esquecimento e, nesse enredo, termina com uma revolta estética e ideológica dos indÃgenas.
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